Todos costumam dizer que quando estamos prestes a morrer tudo o que vivemos começa a passar diante de nossos olhos como em um filme. Bom, comigo não foi bem assim. Na minha frente passou apenas o final de semana que eu tinha acabado de passar.
– Amélia, entre logo nesse carro. – Minha mãe, Katie, falou, prendendo minha irmãzinha Lize a cadeirinha.
– Já vou. Vem Lucy. – Falei pra minha melhor amiga, essa era a primeira vez que ela viajaria comigo.
Começamos a viagem. Dormi. Acordei quando estávamos parando na garagem da casa de praia.
Descemos e começamos a tirar as coisas do carro. Mamãe falou que ficaríamos com o quarto da vovó. Eu e Lucy, assim que chegamos, nos vestimos para ir para a praia.
– Mãe, estamos indo pra praia.
– Ok, levem o telefone.
Atravessamos a rua e já estamos na praia.
– Meli, você acredita nisso? Essa é nossa primeira viajem juntas pra praia. – Ela falou, pulando e jogando areia pra todo lado.
– Pois é! – Falei, pulando junto com ela.
Entramos no mar, a água estava muito gelada.
– Meli, o que é isso que eu estou pisando?
– Acho que deve ser uma bolacha do mar. Tem várias aqui.
– Que legal. Olha! Eu peguei uma. – Ela mostrou a bolacha, viva, que se mexia.
– Ela tá vida. – Falei, segurando para não rir.
– O QUE? - falou jogando a bolacha. – Tá, não quero mais ficar no mar. Vamos pra areia.
Fomos para a areia, e sentamos na esteira que havia estendido. Começamos a tirar fotos, afinal, essa era nossa primeira viajem pra praia juntas, o cabelo longo e preto da Lucy batia no meu rosto, enquanto o meu curto cabelo cacheado, não fazia tanta diferença. TRIMM. O meu celular começou a tocar.
– Oi mãe.
– Filha, você e a Lucy tem que vim pra casa.
– Ok, a gente tá indo. Xau.
– Xau.
– Já ouvi, vamos. – Lucy falou, e começamos a organizar as coisas para voltar para casa. Atravessamos a rua e já estávamos em casa.
– Meninas, preciso que organizem suas coisas, a Lize está doente.
– Aí meu Deus, vem, nós vamos ficar prontas em 20 minutos.
20 minutos depois estávamos dentro do carro, começando nosso caminho de volta para casa.
Estamos quase saindo da cidade litorânea quando um grande caminhão nos jogou para o lado, mamãe se desesperou, e esse "fim de semana" começou a passar diante de meus olhos, lentamente, olhei para o lado, um pequeno passarinho solitário passou, uma de suas penas caiu. Essa seria mesmo a última coisa que viria na minha vida? Um passarinho solitário, que tinha apenas uma pena caída como amiga? A luz bateu nos meus olhos, estava pronta. Então Mamãe segurou a direção e colocou nosso carro novamente na estrada.
– Estão todos bem?
Bom gente, é isso, espero que tenham gostado, comentem aqui o que acharam!
Beijinhos, Lu!
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