quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

E se meus pais não tivessem se separado? - Maria Luiza Vasconcelos

        Hello hello everybodys, it's me Lu e eu estou aqui com mais um conto, porque agora o que eu faço da minha vida é escrever conto, parece até que eu não tenho coisa pra fazer.
        Esse conto parece muito com o ultimo que eu postei, e eu recomendo que antes de ler esse conto, veja antes Parece que foi ontem, pois alguns coisinhas foram aproveitadas dele. Então roda pra vinheta editor!




 Você já acordou pensando como algum pequeno fato poderia mudar sua vida? Bom eu sempre me pergunto: e se meus pais não tivessem se separado?

Eu não teria saído de João Pessoa. E eu e Bia continuaríamos dividindo o quarto.

Talvez a gente nem brigasse tanto, e provavelmente teríamos mais irmãs e algum irmão.

Nós não iríamos morar com minha vó, e provavelmente não conheceríamos Alice e Sabrina. Ou talvez conhecêssemos em uma rápida visita. Seríamos amigas distantes talvez, e elas esperariam as férias para nos ver.

Papai não conheceria Santana dos Garrotes já que estaria ainda casado com minha mãe e não precisaria procurar uma cidade tão pequena no mapa. Na verdade, até hoje me pergunto como ele encontrou aquele lugar...

Minha mãe não conheceria Fred em uma festa de época de eleição e não casaria com ele um tempo depois, pois estaria casada com meu pai. E papai não fugiria com Rosangela, que ele não conheceria, pois ela mora em Santana. E por isso também não teríamos uma madrasta.

Rosangela ainda continuaria em Santana, brigando 24 horas por dia com sua irmã, Roberta, que provavelmente não estaria casada hoje. Ou talvez estivesse, ela é tão imprevisível que chega a ser impossível dizer se seu futuro mudaria ou não.


Papai não mudaria para Brasília, pois já teria mulher, emprego e filhos aqui.

Talvez eu, Bia e nosso trocentos irmãos estudássemos na mesma escola que a filha do homem que em outra realidade seria nosso padrasto, mas nunca saberíamos disso, pois ninguém nunca falaria dela para nós. E mesmo se chegássemos a ser amigas, ainda não saberíamos a importância que ela teria em nossa vida, pois mesmo sabendo o nome do pai dela, ainda seria apenas mais um nome entre tantos outros.

Eu não teria nenhuma chance de conhecer minha melhor amiga, Débora, pois os seus pais nunca alugam casas em João Pessoa, só em Jacumã e Natal. Então se antes era improvável, agora seria impossível.

Eu também nunca conheceria nenhuma das outras pessoas que me fazem sorrir todos os dias, e nem ligaria, pois aquelas pessoas não fariam diferença se nunca tivessem aparecido em minha vida. 

Chega a ser estranho pensar que talvez eu pudesse passar por minha amiga, Cinthia, na praia e mesmo assim nem olharia para ela.

Eu nunca iria ler um livro sequer, já que comecei a ler por conta das pessoas que me fazem sorrir. Então eu também não criaria o Livros da Lu, o que seria uma lástima, pois amo mesmo esse meu diário desregulado e tenho certeza que vocês me amam pelo menos um pouquinho.

Eu nunca conheceria Juli já que ela apareceu, junto aos seus 38 litros de vinho, na minha vida por conta de uma casa de praia que meu padrasto conseguiu. E se Fred não está na minha vida, Juli também não está.

Então, a partir desses fatos posso observar que eu estudaria em uma escola com amigos que provavelmente não seriam tão verdadeiros quanto os que tenho agora. Não teria um padrasto que toca pandeiro e faz rimas com o meu nome, e nem uma madrasta que me chama de “Xuba” e me deu um copinho de porcelana de presente de natal. Não teria uma ocupação tão boa quanto à leitura. Não escutaria música, já que todas as músicas que escuto são indicadas por minhas amigas. Não teria amigos tão incríveis. Não seria fã do Ed Sheeran. Não teria A Princesa das Borboletas, não saberia da existência do lugar que moro agora...

Tanta coisa faltaria em minha vida, coisas que hoje eu não poderia viver sem... E eu não sentiria falta delas, pois iria pensar que minha vida está completa do jeito que está.


Então, quando todos esses pensamentos invadem minha cabeça a única coisa que consigo pensar é: Eu não sou uma artista de televisão, nem uma escritora profissional, não canto tão bem quanto quero, e muito menos danço bem, não tenho dinheiro para viajar o mundo todo, e também nunca vi a neve, mas mesmo assim digo que minha vida é perfeita do jeito que é, e nenhuma outra realidade poderia ser melhor do que essa. 


Então é isso, espero que tenham gostado,
Beijinhos, Lu!

2 comentários:

  1. Oie!!!
    Achei bem interessante este seu conto/ teorização, mas não condordo que você não gosraria de ler.
    Talvez os amigos ou alguma professora que você teria em sua outra vida também te incentivassem a ler e você também viesse a criar este blog super fofo ;)
    Já que você gosta de escrever conto (s) que tal participar do concurso "Pilares eternos - Contos Fantásticos"? Acredito que nesse link você saberá mais detalhes: (http://wp.me/p7F5sy-4F)
    Participa! Quem sabe daqui a alguns meses você não faz uma postagem dizendo que seu conto foi escolhido?
    Torcendo por você!
    Mil Bjinhos ;)
    Elaine M. Escovedo
    Caminhando Emtre Livros
    Http://www.caminhandoentrelivros.com.br

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